segunda-feira, 10 de março de 2014

O que morre e se deixa morrer

É a luz que morre na desolação do intelecto, alma que desvanece na penumbra do desuso. O espírito teima em perdurar em noite mal feita, em sonho inacabado, interrompido, pelo intrometido raio de sol que insiste, estoicamente, em se fazer notar. Decrépita a ilusão do amanhecer que tarda, num para sempre pôr do astro que reina e se faz impor. Prolifera, peste sem barreira, a podridão do cérebro que, sem rival, na fortaleza se instala sem permissão.

Filipe Pimentel