sábado, 19 de dezembro de 2009

Lua

Sinto-me longe. Sinto-me tão perto do Infinito. Sinto tanto que deixo de sentir a dor assoladora, vil e pérfida devassa, que me arruina a alma débil e decrépita escondida algures no canto de um sonho breve que passa por mim em êxtase efémero e brunal, um demente devaneio que se afigura no tumulto oco da minha mente. Suspiro e lembro o esquecimento da noite voluptuosa e ilusória, do rubor falso da prata que derrama tão nobre astro, tão cruel ser.

                                                                                             Filipe Pimentel

3 comentários:

  1. escreves maravilhosamente bem. estou deslumbrada! *

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  2. Gostei muito dos teus textos. ;)
    Este é lindo e descreve bem o sentimento de apatia.
    Escreves muito bem. Continua.
    Bjs ^^

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