quinta-feira, 15 de abril de 2010

Acorrentado...

Os teus olhos são as nascentes

De rios que te conhecem
As mágoas que inquietam
E esquartejam a tua alma,
Tremente e sem fôlego,
Um sussurro no vento
Frio que me acaricia a pele,
Cicatrizada e húmida
Da ausência dos teus beijos
Que fizeram de novo o meu sangue
Correr no meu peito empedrenido.

Os teus sôfregos lábios,
O mar onde morrem
Os meus sonhos em agonia
Contra os penhascos de um amor,
Inútil e condenado aos grilhos
Do negrume pérfido
Que não dorme nem vacila,
Que me entorpece e petrifica,
Um vórtice de ilusão quimérica,
A lágrima que de mim escapa
Numa lembrança que magoa.
                                                                           Filipe Pimentel

I Want You

I saw you in the mist,
A strange form emerging
From the darkness of my days.
A beacon of light among the shadows
That blinded my heart for so long.
Too long, perhaps...
You flutered towards me,
Like the light, sweet breeze
That passes,
Silent and beautiful.
The softness of your touch,
A caress from a butterfly's wings,
The mystery within your voice,
Echos of lost loves
And dreams of Infinity,
The divinity of your lusty lips,
Eager of passion and wildness.
I want you...
I want you for myself...
I want you, my angel.
                                                                     Nicholas J. Shatters
                                                                     ( aka Filipe Pimentel)

Deleite


O gosto aveludado dos teus beijos,
Pétalas de rosa na madrugada,
Ferem o meu corpo fraco, e o teu toque,
Distante, dilacera a alma apaixonada.

Os teus olhos, esferas fogosas
Que me incendeiam o coração,
A tua voz pura e os teus lábios
Tecem no ar frio uma canção.

Deito ao mar as minhas lágrimas,
Dou à terra húmida o meu sangue,
Grito ao vento teu vil nome,
Deito ao fogo meu rosto exangue.

                                                                        Filipe Pimentel