quinta-feira, 15 de abril de 2010

Acorrentado...

Os teus olhos são as nascentes

De rios que te conhecem
As mágoas que inquietam
E esquartejam a tua alma,
Tremente e sem fôlego,
Um sussurro no vento
Frio que me acaricia a pele,
Cicatrizada e húmida
Da ausência dos teus beijos
Que fizeram de novo o meu sangue
Correr no meu peito empedrenido.

Os teus sôfregos lábios,
O mar onde morrem
Os meus sonhos em agonia
Contra os penhascos de um amor,
Inútil e condenado aos grilhos
Do negrume pérfido
Que não dorme nem vacila,
Que me entorpece e petrifica,
Um vórtice de ilusão quimérica,
A lágrima que de mim escapa
Numa lembrança que magoa.
                                                                           Filipe Pimentel

1 comentário:

  1. Escreves mesmo muito bem, é pena é as tematicas dos textos, mas continua. ;) abraço

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