
O negrume lento e melancólico arrasta-se por um céu que teima em se apagar, em deixar partir a luz suave de safira que me lança em torno dos pulsos os grilhos incandescentes que me queimam a pele e me carbonizam os ossos. Os seres perdem os contornos e os corpos já não têm sombras, são as sombras que têm os corpos, é a materialização do incorpóreo, é o crepúsculo das almas puras e sofredoras, é o renascer flamejante das almas apaixonadas, pecadoras.